domingo, 6 de abril de 2008

Apêndice

[Em construção]

Língula

Didática Anatômica: Os Pulmões são 2 órgãos importantíssimos para o sistema respiratório responsáveis pela troca gasosa comumente conhecida como hematose. Sua divisão morfológica nos seres humanos se dá através de seguimentos chamados lobos. Onde temos o pulmão direito com 3 lobos (superior, médio e inferior), separados por 2 fissuras, uma oblíqua e outra horizontal; e o pulmão esquerdo, onde é apresentado dois lobos, um superior e outro inferior e uma fissura delimitando os dois. E em sua porção inferior, uma estrutura denominada língula, que tem mais um aspecto de “língua”.

Discussão: O ar que respiramos é uma mistura de gases em que a fração de oxigênio é de aproximadamente 21%. O restante é composto por nitrogênio (em torno de 78%) e outro gases, inclusive o gás carbônico (menos de 1%). De 21% de oxigênio do ar que respiramos, apenas uma pequena quantidade (4% a 5%) é realmente aproveitada pelo organismo.
Para compreensão da troca gasosa, quando nós seres humanos respiramos, absorvemos oxigênio proveniente do meio externo devido a contração do diafragma, que diminui a pressão de dentro dos pulmões. Esse oxigênio é então encaminhado para os alvéolos nos pulmões e, em seus capilares, trocado pelo sub-produto do anabolismo celular, o dióxido de carbono.
Recolhido nas excreções celulares, o dióxido de carbono que veio diretamente da circulação centrípeta do sangue, direto para o átrio direito do coração e expelido no ventrículo direito do mesmo, é encaminhando para essa troca pelo oxigênio, e então novamente poderá suprir as necessidades fisiológicas das células, voltando pela circulação sangüínea agora conhecida como centrífuga, até o átrio esquerdo do coração, ventrículo esquerdo e expelido para todo o organismo.
Nos peixes e outros animais aquáticos, as guelras são os órgãos da respiração, ou seja, é nelas que ocorrem as trocas gasosas entre o sangue ou linfa dos seus portadores e a água.
Muitos animais aquáticos absorvem o oxigênio necessário ao seu metabolismo através da sua superfície de contato com a água mas a maioria dos seres mais complexos adquiriram, através do processo evolutivo estes órgãos que apresentam uma superfície mais adequada de contato com o meio ambiente.
A presença das guelras causa problemas à necessidade de osmorregulação dos animais aquáticos. A água do mar é mais "salgada", ou seja, tem mais sais dissolvidos que os fluídos internos dos animais e, de acordo com as leis da osmose, há sempre a tendência do fluído mais "concentrado" passar o solvente para o outro, quando em presença de uma membrana semi-permeável. Por essa razão, os peixes perdem uma grande quantidade de água através das guelras e, para compensar, têm de beber grandes quantidades de água. O excesso de sal ingerido é excretado pelo sistema urinário. Nos animais que vivem em água doce, o problema é inverso: eles tendem a absorver um excesso de água através das guelras, mas excretam-na através dos rins.

Teoria: A língula pode ser um lobo do pulmão esquerdo atrofiado por não apresentar nenhuma função .
A atrofia celular é um processo de adaptação celular onde ocorre um estresse fisiológico ou patológico na célula, que perde substâncias por não haver trabalho ou função, diminuindo estruturalmente seu tamanho. Em resposta à falta de uso da língula, sua resposta fisiológica foi adaptar-se e atrofiar-se diminuindo significativamente o seu tamanho.
Há hipóteses de que quando nossos ancestrais descobriram os oceanos, esse último fez com que nossa espécie aderisse a um longo e longo período a vida marinha, provocando fatalmente a perda de pêlos e que a língula servi-se para uma imersão prolongada mas sempre voltando para superfície para recuperar o fôlego, já que era necessário maior quantidade de oxigênio no corpo. A língula poderia armazenar por um certo período o oxigênio que é impossível de ser armazenado no organismo, e é por esse motivo que precisamos respirar a todo momento. Éramos seres humano anfíbios?

Fíbula

Didática Anatômica: A fíbula é um osso longo por que possui predominância na largura e espessura, dividida morfologicamente em cabeça, corpo e maléolo lateral. Anteriormente nomeada de “Perônio”, esse osso localiza-se na face lateral da tíbia constituindo assim, a face lateral da perna. Unifica-se junto com a tíbia por uma membrana fibrosa chamada de membrana interóssea, ligando-as e dando suporte de origem muscular ao tibial anterior e tibial posterior. Junto com a tíbia, aloja o músculo sóleo, face medial do músculo tibial posterior, e individualmente na sua face anterior, abriga o músculo extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux (ambos estes últimos, com uma parcela de sua origem na membrana interóssea) e fibular terceiro (ou anterior), que é uma variação anatômica. Em sua porção ântero-lateral, aloja os músculos fibular longo e fibular curto, e em sua face posterior é encontrado o músculo flexor longo do hálux.
Ainda na membrana interóssea, a chamada Sindesmose Tíbiofibular, encontra-se duas articulações (por ser ponto de união entre dois ossos) denominadas de articulação tíbiofibular proximal e tíbiofibular distal. Sindesmose é uma articulação fibrosa ligada por fibras de colágeno que dão total estabilidade nessa região não permitindo movimento.
Na cabeça da fíbula, é encontrado uma inserção de um ligamento do joelho chamado ligamento colateral lateral e do tendão do músculo bíceps femoral.

Discussão: Se a tíbia fosse mais larga, ela não precisaria da fíbula para abrigar músculos, ligamentos ou qualquer tipo de tecido mole. Muitos dizem que a fíbula faz parte da articulação do joelho, por causa da inserção de duas estruturas que são responsáveis (além de outras) pela flexão e extensão do mesmo, sendo que, o joelho tem contato somente com o fêmur, a patela e a tíbia. A fíbula também não apresenta nenhum movimento importante para a marcha e seu pinçar de “chave de boca” no osso tálus pelo maléolo lateral, fixando e formando a articulação do tornozelo talocrural, poderia ser facilmente substituída se a tíbia fosse mais larga. Então, para que ter a fíbula?

Teoria: A fíbula pode muito bem ser apropriada não para a função de movimento consciente dinâmico, mas sim para uma função de distribuição de peso. Com suas duas articulações proximal e distal da sindesmose, a fíbula apresenta um micro movimento que se fossem substituídos por uma região sólida ou simplesmente por um osso só (no caso da tíbia mais larga), não poderia suportar excesso de carga e fraturaria com mais facilidade. O ponto de união entre dois ossos tem uma importância significativa, e articulação não precisa necessariamente ter “movimento”.